terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sobre jardins e famílias

Num dia, era só um espaço com terra e muitas ideias na cabeça.
Planejar, semear, trazer mudinhas de plantas diversas. Plantar, observar e regar. Algumas vezes, tinha que regar até duas vezes no dia. As plantinhas cresciam devagar, mas o mato e as ervas daninhas, cobriam tudo rapidamente. A cada semana, retirávamos o que não era bom, cuidávamos e mantínhamos a terra molhada. Parecia que nunca iria ser um jardim. Alguns chegavam e davam palpites, outros, já notavam que não era mais um pedaço de terra. O tempo foi passando, e vieram as primeiras flores, ainda tímidas, precisando de muito cuidado, mas deixando a nossa vida ainda mais plena. Mais de um ano se passou, ele está bonito, cheio de plantas e flores, ainda temos que retirar o que não é bom e molhar diariamente, e todos os que chegam comentam que o trabalho valeu a pena.
Criar uma família é exatamente assim. No início, éramos apenas dois, sonhando e desejando ter uma família, e plantamos a primeira semente. Nosso amor cresceu e nos trouxe nossas filhas, a cada dia cuidávamos, alimentávamos, dávamos atenção e carinho. Dava trabalho cultivar e acompanhar o crescimento delas. Mas era a noite, enquanto elas dormiam, que muitas vezes entrei sorrateiramente no quarto e agradeci a Deus por cada uma delas. Nesses momentos, pedia que Ele cuidasse de cada uma e que crescessem em sabedoria e graça.
Muitos anos se passaram  e hoje, elas floresceram, duas delas já produziram as próprias sementes e cultivam suas famílias, outras duas, continuam aqui, em nosso jardim. Adoramos olhar para nosso jardim florido e para a nossa família que um dia sonhamos e realizamos.

Semear, plantar, cuidar e cultivar, dá muito trabalho, requer algumas podas, algumas perdas, lágrimas de decepção, nem sempre as plantas crescem como planejamos, mas o importante é que dá muita satisfação sentar nas noites de calor, e ver que o jardim está ali, nós conseguimos. Então podemos nos dar as mãos e, numa prece pedir que Deus continue cuidando e abençoando o nosso jardim.




domingo, 3 de fevereiro de 2013

24 ANOS DE SACRAMENTO

Há 24 anos éramos jovens, o Celso tinha 24 anos e eu, apenas 20, mas tínhamos plena consciência do nosso desejo de assumir um vida a dois e formar uma família. No dia 04/02/1989, na Matriz Imaculada Conceição de Birigui, nós assumimos esse compromisso que hoje reafirmamos aqui. Nosso amor começou com uma pequena semente, mas hoje produzimos muitos frutos. O primeiro deles é o amor e o respeito que temos um pelo outro e nossa caminhada, sempre na presença de Deus. Além destes frutos, criamos 4 filhas maravilhosas, Camila, Amanda, Ana Carolina e Luísa,. Nossas filhas, hoje bem crescidas, nos trouxeram muitas graças, a Camila nos deu a Sarah, nossa neta, o André, nosso genro, e uma nova semente que hoje cresce em seu útero. A Amanda, nos deu o João Pedro, um neto maravilhoso e o Luís Felipe, nosso genro. A Ana Carolina tornou-se uma menina responsável e engajada na busca por Deus, uma buscadora, linda e criativa,. A Luísa, nossa pequena, é uma doce de criança, que sempre nos traz alegria com sua incessante curiosidade e graça. Nosso amor se faz forte a cada dia, e olhar pra trás, para cada alegria, cada preocupação, realização, ou tristeza, nos dá a certeza de que valeu a pena cada momento vivido. Hoje, renovamos o nosso amor e mais uma vez afirmamos que tudo valeu a pena.



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Amar e fazer o outro feliz

Tenho que citar aqui um grande amigo e conselheiro espiritual nosso que sempre diz aos casais:
"Você se casa para fazer o outro feliz". A primeira vez que ouvi isso, foi meio estranho para mim, pois crescemos pensando que devemos buscar a felicidade para nós e pronto.De repente, um novo conceito, e as perguntas que depois de alguns anos, acabamos tendo que fazer um ao outro. Você é feliz? Eu tenho conseguido te fazer feliz? O que falta pra que eu te faça feliz?Que medo a resposta nos dá. Será que diante do ideal do sacramento, estou atingindo o meu objetivo e fazer o outro feliz e de ajudá-lo no caminho para a santidade. Sempre é muito bom fazermos essa avaliação em casal. Em nossa última conversa profunda sobre nosso sacramento, concluímos que sim, que agora sim, estávamos na direção certa. Foi preciso muita paciência e disciplina para mudarmos o rumo do egoísmo que tende a tomar conta de todo ser humano. Estamos sim nos empenhando para fazer o outro feliz. Não conseguimos isso todos os dias, e com certeza, é tarefa diária. Com o tempo, a oração e o diálogo, aprendemos a avaliar nossa caminhada e ajeitar a vela para rumar na direção certa. Nós dois nem sempre conseguimos, mas hoje somos muito mais atentos um ao outro, e por isso, com certeza, mas apaixonados e conscientes do nosso matrimônio. Agora, falta o mais sério e importante, direcionarmos o nosso barco para levar um ao outro no caminho da santidade. E a pergunta fica sempre em nosso coração, é possível um casal ser santo no meio de um mundo tão materialista? Como fazer/ Para onde ir? Pensamos que temos uma longa jornada, mas já encontramos nossa bússola, e através de nossa relação com Deus, com certeza poderemos começar sempre de novo, até alcançarmos o que almejamos juntos.
Cris e Celso

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Continuidade



Esse post fala de vida. Mais precisamente de ciclo, de vida contínua. Há 26 anos eu e o Celso nos conhecemos. Com certeza foi um momento acolhido por Deus, pois por causa desse encontro, recebemos bençãos sem fm. Entre as inúmeras bençãos, como amigos, família, trabalho, alegrias e tristezas, recebemos nossas filhas. Hoje falo de continuidade porque sinto urgência em dizer o quanto me faz feliz, ver a vida passar. Vejo minhas flhas crescerem, vejo-as felizes, buscando o próprio caminho. São coisas simples, como o casamento próximo da Camila, a Sarah, neta querida e especial que chegou inesperadamente em nossas vidas, a realização profissional da Amanda, as escolhas da Carol, a Luísa que se torna a cada dia mais feliz e independente. Muitas vezes nos reunimos em torno da mesa, e mal consigo crer que formamos uma família tão grande. Outras vezes, vamos juntas para a cozinha  e elas vão aprendendo aquelas receitas que eram feitas por minha avó, minha mãe. Os genros que chegam também pra perto de nós, os dois sobrinhos que vieram acrescentar mais felicidade em nossas vidas. Essa continuidade me faz pensar na grandeza de Deus, e em como somos pequenos. Sempre que olho para o ciclo da vida, sinto forte a herança que estamos deixando e faço uma prece e desejo ardentemente que estejamos no caminho certo e tenhamos gerado seres realmente humanos para habitar o nosso mundo. Não peço grandes coisas, apenas que minha filhas sejam atentas
às pequenas coisas que são as que nos fazem felizes. Vale a pena deixar a vida fluir e deixarmos nosso flhos crescerem. Imagino sempre como meus avós se sentiam ao olhar pra a família que cultivaram com tanto amor.

Cris

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A quarta filha, filha da maturidade e do amor


Depois de quase seis amos, a nossa quarta filha foi concebida. Sempre sonhamos com essa família grande, e Deus a fez não só grande, mas muito alegre, por ser composta de tantas meninas. Decidimos ter a Luísa depois que a Carol cresceu um pouco, e saber dessa gestação nos fez ficar felizes e ao mesmo tempo assustados com a idéia de ter mais uma filha numa família que já tinha um ritimo mais tranquilo. Mas a Luísa era querida e esperada, estava em nossos planos e nós exultamos ao saber que ela estava a caminho. Foi uma gestação tranquila e cheia de carinho, acho que fui muito mimada por todos. O parto foi tranquilo e maravilhoso e a Luísa foi para o meu colo e em seguida para o meu peito, assim que nasceu. Chegar em casa com ela foi um momento lindo e cheio de doçura, me senti plena, e nossa família estava completa como sempre desejamos. Hoje a Luísa está com 9 anos, e muita coisa aconteceu desde a chegada dela.

domingo, 29 de maio de 2011

Só para descontrair.

Depois de um bom tempo sem ter tempo, rsrsrsrsrs, consegui voltar a escrever aqui. Hoje vou falar um pouco de como a liberdade e a descontração, devem fazer parte de um casamento. O famoso pensador Khalil Gibran nos recorda em sua poesia sobre o casamento: " Mas que haja espaço na vossa comunhão; e que os ventos do céu dancem no meio de vós. Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um empecilho:seja antes um mar vivo entre as praias das vossas almas. Enchei cada um o copo do outro, mas não bebais por um só copo.Partilhai o pão; mas não comais do mesmo bocado... Mantende-vos juntos, mas nunca demasiado próximos: porque os pilares do templo elevam-se, distanciados, e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro." Há 22 anos somos casados, e nossa maturidade nos mostrou como é bom fazer o que gostamos juntos, e como é muito bom, fazermos algo especial individualmente. No decorrer destes anos de convivência, cada um de nós foi descobrindo outras atividades que nos faziam bem, e apesar de adorarmos estar juntos, achamos que cada um precisa de espaço para cultivar seus dons e hobbies. O Celso adora tocar violão, adora cozinhar, cochilar no sofá e assistir algum jogo de futebol ou basquete. Eu adoro o meu trabalho voluntário, meu grupo de apoio, ter muitos amigos, ler sossegada antes de dormir. É importante que algumas vezes façamos o  que gostamos separadamente, pois essa experiêcnia é sempre enriquecedora.
Se hoje o nosso casamento é mais forte, com certeza uma das razões é exatamente o fato de darmos espaço para que o outro faça o que goste. Não foi sempre assim não, e demoramos para conseguir atingir esse ponto. Hoje somos seguros com as atividades que fazem o outro feliz, e sempre voltamos mais felizes, renovados, e cheios de histórias pra contar. Nos amamos e gostamos de saber que o o outro está feliz por ver o seu espaço respeitado. Fica aqui a dica para os casais que estão começando a caminhada do matrimônio, respeitem-se e deixem espaço para que cada um posso crescer e se realizar, e juntos serão mais fortes e felizes.

Cris
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011