quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Família

  
Sempre pensei em família, como naquelas fotografias antigas, em que os avós sentavam-se em cadeiras, e os filhos e filhas, genros e noras, netos e netas ficavam ao redor. Hoje o que vejo são famílias monoparentais, famílias em que há tamanha confusão em que nem sabemos qual o grau de parentesco de cada um. Por que será que isso vem acontecendo? Eu sempre  faço essa pergunta, e já ouvi muitas respostas, mas nenhuma me satisfez. Tem gente que diz que é normal, que o mundo mudou, evoluiu. Tem gente que fala que é por causa dos meios de comunicação em massa. Tem uns que colocam a culpa nos pais, e dizem que os pais deixaram de ser presentes na vida dos filhos. Tudo isso e mais um pouco pode ser verdade, mas eu conheço pessoas que vivem no mundo global, que assistem aos meios de comunicação, que trabalham e muito, mas ainda assim, continuam formando uma família unida. Não é fácil permanecer juntos no mundo em que vivemos, muitos fatores nos tentam a desistir. Mas nunca foi fácil, eu não acho que foi fácil para meus avós que viveram juntos mais de 60 anos. Os desafios com certeza eram outros, mas também os levavam a pensar, questionar e vacilar. Sabe o que eu penso de verdade, é que todo mundo tem escolhido o caminho mais fácil. O que á mais fácil pra cada um de nós? Buscarmos a felicidade sozinhos ou a dois, levantarmos de madrugada pra cuidar dos filhos, ou esperar que cheguem da balada, ou ficarmos acordados sozinhos até tarde, curtirmos a vida e passear muito. A dois, fica mais complicado, são duas vontades, duas histórias. Mas, em  compensação, são duas forças, dois carinhos e sempre ter alguém com quem partilhar as vitórias e derrotas do dia. Não é muito fácil estar vivendo o matrimônio em toda a sua dimensão, mas vale a pena estarmos juntos, e um dia, quem sabe tirar aquela foto da família. Uma família real, cheia de medos, preocupações e angústias. Com pessoas vindas de todas as realidades, mas que escolheram ficar unidas, mesmo diante de tantos desafios. Aproveito para transcrever um trecho de um livro que estamos lendo:
"Se o sacramento do matrimônio recebe novo alento todas as vezes em que um dos esposos manifesta o seu "sim" ao outro, até mesmo no mais corriqueiro dos gestos que compõem a realidade da vida cotidiana, a eucarisita é por assim dizer o combustível que dá forças para que cada um realize essa doação contínua ao outro"

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei, parabéns pelo site. Realmente sinto que este sacramento de amor me realiza cada dia como esposo e como pai.
Não poderia ser mais feliz!